sábado, 28 de novembro de 2009

Três juízes do Interior são acusados de abuso sexual e aliciamento de jovens


O mais grave é que eles são titulares da Vara da Infância e do Adolescente, em Palmerina e São José do Belmonte
Dois juízes das comarcas de Palmerina e São José do Belmonte, no Agreste e Sertão pernambucanos, respectivamente, são acusados de abuso sexual e aliciamento de jovens. O mais grave é que eles são titulares da Vara da Infância e do Adolescente nas cidades e deveriam cuidar dos direitos dos menores. Um terceiro juiz do interior de Pernambuco também está sendo acusado de pedofilia. O nome dele não foi divulgado para não atrapalhar as investigações.As denúncias chegaram ao Tribunal de Justiça por meio dos conselhos tutelares dos municípios. O julgamento de Max Cavalcanti, de Palmerina, aconteceu há quatro meses e ele foi punido com aposentadoria compulsória.

Em julho, ele foi aposentado compulsoriamente, acusado de pedofilia. As investigações comprovaram o envolvimento do juiz com um menino, desde quando ele tinha 11 anos de idade. Os dois moravam juntos. O juiz não contestou a sentença e recebe R$ 11.635,00 de aposentadoria por mês.O outro juiz, Francisco Assis Timóteo Rodrigues, 66 anos, em uma decisão inédita, foi afastado temporariamente da função para não intimidar as vítimas e testemunhas que temiam prestar depoimento. Ele é acusado ainda de participar de um esquema que envolve pedofilia, e corrupção.O juiz também está sendo investigado por três homicídios.

O corregedor-geral do Tribunal de Justiça (TJPE), desembargador José Fernandes de Lemos (foto), falou sobre o processo. “Esse caso vem em investigação há anos. Em face de novas denúncias do Conselho Tutelar, o Tribunal achou melhor afastá-lo cautelarmente. A investigação continua, para levar o processo a julgamento na Corte Especial”, explicou.Fernandes de Lemos acredita que esse tipo de denúncia tem um caráter pedagógico. “Se por um lado um fato desses é lamentável, por outro também é pedagógico, porque as instituições devem mostrar o que está acontecendo com seus integrantes”.Os processos administrativos estão sendo concluídos em um ano. O julgamento definitivo cabe a uma corte especial que reúne 15 desembargadores.

A pena máxima para processos administrativos é a aposentadoria compulsória proporcional ao tempo de serviço.“Se ele for considerado culpado, a pena administrativa máxima é aposentadoria proporcional ao tempo de serviço. Se houver denúncia do Ministério Público, entramos na parte criminal. Se por ventura houver essa denúncia e ele for condenado, os efeitos da condenação também implicam na perda do cargo”, afirma o corregedor. Os três juízes não são os únicos infratores. Desde 2002, o Tribunal de Justiça do Estado aposentou compulsoriamente dez juízes por corrupção. Dois foram afastados.
Fonte e foto:pe360graus.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário